sábado, 21 de maio de 2016

PORQUE ESCOLHI VIAJAR


Viajar é colocar aquela roupa confortável, aquela mochila cheia de aventuras, um livro novo para ler nos dias de chuva ou nas horas de espera no aeroporto... aquela ansiedade boa quando o avião pousa.... aquela intensa curiosidade do novo...

Viajar é se desligar daquela rotina de exercícios, deixa pra lá, depois você volta.... é experimentar a comida local, entender os mapas e ruas desse lugar nunca antes percorrido... é interagir com culturas e pessoas desse vasto mundo desconhecido...

Viajar é não planejar tudo... é se entregar para as incertezas... é abrir a consciência para novos mundos... novas perspectivas... é se identificar com aquela paisagem que ficará no seu mural de recordações daqui alguns anos.... meses ou segundos...

Viajar é não ligar para a maquiagem, cabelo, aquela olheira confusa do tal fuso que não te deixa dormir direito... é sentir aquela saudade danada da sua casa do outro lado do mundo... é ouvir aquela música que conforta seu coração nos momentos de solidão...

Viajar não é carimbar o passaporte.... não é gastar seu dinheiro em coisas que não te tragam um norte... é se inspirar na brisa que bate no rosto quando sai para desbravar aquele roteiro desenhado na sorte... é mergulhar no mar depois de um dia cheio de experiências que te deixam mais forte...

Viajar é deixar fluir... é amar incondicionalmente seus momentos de alegria, perrengues e introspecção... é ter aquele momento de inspiração e gratidão...  é agradecer por existir e fazer parte de um todo cheio de luz, cultura e paixão... é dizer que foi, sentiu, se emocionou e aproveitou cada segundo...

(Adaptado de @marcinhabello)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

ANGKOR WAT - O TEMPLO MAIS BONITO DE TODOS

Se me perguntarem qual o templo mais bonito que visitei até agora, vou dizer sem dúvida: Angkor Wat! Fui pro Camboja só para conhecê-lo e valeu muito a pena!

Minha passagem no Camboja foi rápida. Se resumiu a quatro dias em Siem Reap que é a cidade mais próxima do Angkor Wat. Quando cheguei na cidade me dei conta do que ainda não tinha percebido. O Camboja é (talvez) o país mais pobre dessa minha viagem, quiçá o mais pobre que já visitei na vida até hoje (imagino que Laos e Myanmar - os países que ainda vou visitar - não seja diferente). Mas também pudera, quando eles conseguiram a independência da França, entraram numa guerra civil das mais violentas da sua história que deixou o país completamente destruído. Fui ler um pouco sobre essa época no Camboja... uhm... Pra quê? Sabe o Holocausto? Foi tipo isso, só que em proporções menores. O Camboja era na época o que hoje é a Síria; só entrava no país quem estava envolvido em ações humanitárias ou mídia internacional. Li que em Phnom  Penh (a capital do Camboja) existem museus sobre o período em que o Kherm Vermelho dominava o país. E também é possível visitar os “campos de concentração”. Li também (acho que foi na Wikipédia) que quase metade da população está na faixa etária de 20 anos, porque parte da geração mais antiga ou morreu na guerra ou migrou pra Tailândia.

Isso tudo pra dizer que o turismo ainda é muito recente no país e é a segunda maior fonte de renda deles (a primeira é a agricultura e a extração de látex). Em Siem Reap, (imagino que na capital também), a infraestrutura para o turismo é melhor. O inglês e a receptividade do cambojanos são excelentes! Achei chatinho o fato de ir no banco sacar dinheiro e sair nota de dólar americano. Fiquei achando que era coisa do American way of life, mas não é não. A moeda deles é tão desvalorizada (US$ 1,00 = 4.100 Riel) que seria inviável andar com tanta nota de dinheiro assim. E outra coisa que incomoda é o “assedio” dos vendedores. Eu que achava ruim os da Índia, é porque não sabia como era em Siem Reap. Na verdade 'assedio' não é a melhor palavra, porque mais parece um pedido de socorro. É de partir o coração ver as crianças nos templos tentando vender suas bugigangas. Mas pelo menos essas crianças estudam e aprendem inglês na escola (perguntei para uma menina de 9 anos que falava um inglês super bonitinho). Tomara que elas tenham muita prosperidade pela frente!  

E o que faz o Angkor Wat ser tão especial assim? Ele é TODO feito de pedra talhada! 100% natural, do jeito que eu gosto... rss.. Não tem uma única pedrinha de ouro, de mármore lapidado ou pedra preciosa. É considerado a maior estrutura religiosa já construída e um dos tesouros arqueológicos mais importantes do mundo. É tão importantes na história do Camboja, que ele está estampado na bandeira desse país. Em 1992 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Hoje, o Angkor Wat recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano, algo comparado com o  Taj Mahal e a Grande Muralha na China.

Na verdade trata-se de um complexo de templos que serviam como centro político e religioso no século XII.  Engraçado é a miscelânea de religiões e mudanças que os templos passaram. Primeiramente ele foi construído para Vishnu (um dos três deuses mais importantes do Hinduísmo). Depois o reinado seguinte mudou para o budismo Mahayna. Até que veio outro rei e mudou para o Hinduísmo de novo e, por fim, o último rei introduziu o budismo Theravada (que e o oficial do país hoje). Bagunça né? Ah, e o melhor é que hoje os templos não servem mais como templo, ou seja, ninguém vai lá rezar. Não se sabe bem porque, mas eles foram abandonados e hoje servem só pra turismo. Acho que por causa dessa bagunça, os cambojanos seguem os ensinamentos do budismo, mas praticam os rituais do hinduísmo. Tipo eu! rsss.....

O fato é que alguns templos tem cara de abandono, parecem cena de filme de terror onde as árvores tomaram conta das edificações (como o Ta Prohm - o meu predileto!). Mas tem outros que são conservados e inclusive estão sendo restaurados por vários países. No início da década de 1970 muitas esculturas foram saqueadas e, por isso, elas foram retiradas de lá e são preservadas em um museu em Siem Reap. Mesmo assim, sem esculturas, achei lindíssimo o lugar. Achei bacana ver como os deuses e os mitos do hinduísmo se interagem com as símbolos e deidades do budismo. Já falei que adoro essa mistureba toda né? Talvez por isso eu tenha gostado tanto desse lugar... Curtam as fotos e me digam se ele não é sensacional!




Olha isso, que massa! 

Pilares de pedra que se integram com a paisagem

Fazendo amizades

Monjas indo para uma celebração nas pagodas

Corredores do templo

Mamãe alimentando seu filhote

Um dos templos abandonados que os musgos tomaram conta

Pensa na altura dessa árvore

Não é fenomenal esse cenário?

Olha ele de novo..

Algumas paredes colapsando

E a raiz dessa árvore que mais parece uma cobra 

Mais árvores gigantes (será se a pessoa se empolga com árvores?)


Mais do Ta Prohm

Apsaras (dançarinas celestiais) esculpidas na pedra


Duas mil faces de Buda esculpidas nas pedras

Um dos portões de entrada do complexo

Uma das duas mil faces do buda

Vista geral do Angkor Wat





segunda-feira, 9 de maio de 2016

A VOZ DOS ANIMAIS


Uma semana no Elephant Nature Park - ENP e parece que fiquei um mês ou mais. De tão intenso que foi; do tanto que aprendi e refleti. Pra escrever esse post tive que respirar fundo várias vezes (e limpar as lágrimas também). Foi bem difícil, o mais difícil de todos, até então. Não que a semana tenha sido ruim. Foi perfeita!!! Mas a realidade dos animais que vivem lá, ou melhor, o passado deles, é muito triste. 

Vou começar pelo parte boa: a diversão! O ENP é uma Fundação que existe há mais de 20 anos. Sua fundadora é Lek Chailert, uma mulher incrível, que dedica sua vida aos animais. Lek na língua Thai significa pequeno, mas de pequena ela só tem a estatura mesmo. É uma das mulheres mais especiais e incríveis que já tive o prazer de conhecer pessoalmente. O coração é gigante, o sorriso é largo e as atitudes dela estão mudando a realidade do elefantes na Tailândia e nos países vizinhos.

Ao todo, éramos quase 80 voluntários de várias idades e vários lugares do mundo. Chegamos no ENP numa segunda, fomos recebidos por uma equipe super divertida e, logo de cara, fomos assistir um vídeo que conta a realidade dos elefantes na Ásia (foi pior que levar um soco no estômago!). Depois fomos almoçar, nos acomodar nos quartos e saber como seria nossa rotina durante a semana. Os voluntários são divididos em grupos e cada dia tem tarefas diferentes para cada um deles. As tarefas são: limpar cocô dos elefantes (que é ótimo porque você pode estar mais perto deles); preparar a comida (que no final sempre íamos alimentá-los); limpar o parque; colher milho pros elefantes (que apesar do trabalho braçal é super divertido) e dar banho nos bichinhos. Todas as refeições são feitas no parque. São refeições vegetarianas (posso dizer que são quase veganas) e são uma delícia!

Fora as atividades diárias, tínhamos bastante tempo livre pra descansar, fazer massagem, pensar na vida ou simplesmente observar os elefantes (juro que poderia fazer isso por horas, principalmente os bebês que são super divertidos!). Também podíamos passar um tempo com os cachorros que tem no abrigo dentro do parque. O ENP é um santuário que abriga vários animais resgatados. Aqui tem mais de 500 cachorros, gatos, macacos, pássaros, coelhos, búfalos, vacas. Todos foram resgatados de algum lugar onde sofriam abusos e maus tratos, ou da indústria farmacêutica ou cosmética, ou do abate, ou do circo etc. No ENP eles podem viver com dignidade!

Também tem a parte social de conhecer pessoas de quase todos os cantos do mundo e trocar experiências. É bacana ver o Universo arquitetando esses encontros e como a energia flui. Você começa a perceber que tem muita gente que pensa como você. Me dá uma sensação de pertencimento ou de que não sou tão diferente assim como meu pai pensa que sou.. rss.. Uma semana no ENP não se resume a apenas acordar cedo, trabalhar duro em alguns tarefas, passar algum tempo com os elefantes e tirar fotos pro Facebook. Significa transformação! Que pode ser sutil para alguns, ou profunda para outros, depende de quão disponível  a pessoa está. Certeza que a Patrícia que chegou no ENP não é a mesma que saiu de lá. Não tem como não sair transformado! Ouvi um relato que um dos voluntários decidiu diminuir o consumo de carne e, que aos poucos, vai tentar cortar a carne de vez e virar vegetariano! Ponto pra ele e pra Lek!

Agora a parte difícil! Vou tentar seguir a metodologia da CNV (Comunicação Não-Violenta), porque senão não consigo escrever.

Primeiro passo: os fatos (vou tentar não colocar nenhum juízo de valor, mas confesso que é difícil) – o elefante é o animal símbolo nacional da Tailândia. Eles são considerados sagrados e tem uma relação muito forte com a história e os costumes tailandeses. São animais que representam sabedoria, poder, longevidade e trazem boa sorte. A população de elefantes asiáticos vem diminuindo nos últimos anos. Hoje restam cerca de 6.000 elefantes (o que antes era 300.000). Eles vem sendo usados em várias áreas, mas grande parte delas relacionadas ao turismo. Turistas montados nas costas dos elefantes é o mais comum de ver por aqui, mas também existem elefantes andando nas ruas com seus mahouts (a pessoa que cuida deles) pedindo dinheiro, elefantes “pintando” quadros, atrações circenses e festivais com os animais. Fora isso, tem a indústria moveleira, que além de destruir as florestas, usa os animais para carregarem toras pesadas de madeira nas montanhas. Um breve parênteses: aqui vem outro problema que é a destruição da floresta. As árvores são protegidas por Lei SE, e apenas se, elas estiverem vivas. Mortas não tem problema nenhum derrubá-las. O que eles fazem? Colocam veneno, ou queimam o cerne da árvore e ela vai morrendo aos poucos. Daí eles vão lá e derrubam árvores de 300 anos de vida. Imagina o tamanho da tora pro elefante carregar. Imaginou? Ah, e não tem estrada ou trilha, não. É subindo e descendo ladeira no meio da mata fechada, passando por dentro do rio e todos os perrengues. Se um elefante quebra a perna ou se machuca nessa atividade, não tem como transportá-lo para um lugar que possa ser tratado. Muitas vezes eles são abandonados na floresta e morrem sem ter como se alimentar.

Para que o animal possa fazer tudo isso, ele é treinado em um ritual chamado Phajaan. Esse treinamento é torturante e eles buscam com isso “quebrar o espírito do elefante”. Em resumo, os bebês são separados de sua mãe (isso significa matar a mãe e as tias que ajudam a cuidar do bebê) e são confinados em gaiolas que eles não conseguem se mexer. Daí eles ficam dias a fio (sem parar) sendo torturados com todas as atrocidades inimagináveis, privados de sono, comida ou água. Em geral os machos levam mais tempo e muitos morrem nesse período. Alguns tentam se matar durante o treinamento, por isso os treinadores amarram a tromba do animal para que isso não aconteça. As torturas e maus tratos vão continuar por toda a vida do animal, menos intensas, mas elas não cessam.  Ah, só pra constar, isso ocorre em toda a Ásia, não só na Tailândia.

Segundo passo: meus sentimentos – Assistir as cenas do Phajaan foram bem chocantes e doloridas. A primeira coisa que senti foi uma raiva imensa e um desgosto sem tamanho da raça ao qual eu pertenço. Sabe aquela frase: “Quanto mais eu começo o ser humano, mais eu gosto dos animais”? Pois é, ela nunca fez tanto sentido pra mim, como nesse momento. Se formos analisar friamente, o ser humano é capaz de fazer tanta barbaridade com sua própria raça, que com os animais fica até parecendo mais fácil de digerir. Mas não é!  Depois de muito pensar, comecei a refletir o que levam as pessoas a serem parte disso. Desde o treinador, que na minha opinião faz isso pra alimentar um mercado lucrativo (e de onde ele tira o sustento de sua família), até os turistas que, muitas vezes sem saber, contribuem para tudo isso. Lek nos contou que muitas vezes quando ela está em lugares onde as pessoas passeiam de elefantes ela se aproxima dos turistas e pergunta: “Você tem ideia do quanto esse animal sofreu pra aceitar que alguém suba nas suas costas?” As respostas geralmente são as mesmas: “Elefantes são fortes e podem aguentar”, ou pior “Sinto muito, eu já paguei pelo passeio”. 

Mas depois minha raiva e desgosto passaram. Hoje sinto coragem para ajudar a mudar essa realidade. E grande parte dessa coragem veio da palestra que a Lek nos deu no sábado à noite. Queria que todo mundo, uma vez na vida, tivesse a chance de ouvi-la pessoalmente. Comecei a enxergar que as pessoas boas são a maioria! Tem muita gente boa fazendo coisas maravilhosas mundo a fora. Quando perguntaram pra ela o que podíamos fazer para ajudar, ela respondeu que basicamente é um trabalho de formiguinha. Mesmo que seja de pessoa em pessoa, vale a pena mudar a concepção e a relação que as pessoas tem com os animais. Ah, só pra constar (2), estou me referindo a qualquer animal! Desde elefantes, cachorros, gatos e aqueles que nós seres humanos insistimos em colocar no nosso prato! Como a Lek diz, se amamos elefantes (e nossos bichinhos de estimação) porque não amar todos? 

Terceiro passo: minha necessidade – É muito simples e ao mesmo tempo complicada. Eu tenho a necessidade de viver em união. Isso significa, que eu queria que as pessoas compreendessem que seus atos, desde o mais simples, como respirar, ao mais complexos, não estão isolados. Queria que as pessoas tivessem a consciência que tudo está conectado e que o que fazemos reverbera, seja onde for. Basta você decidir se quer impactar positivamente ou negativamente. Turistar não é diferente! Você pode escolher se quer ser parte disso tudo ou não. É preciso ter atenção, porque nem sempre a gente consegue enxergar a maldade que tem por trás das coisas. Mesmo ficar do lado de um elefante para tirar fotos traz prejuízos. Certeza que ele foi treinado para aceitar um humano do lado dele. E ainda sim, você pode observar que os mahouts sempre carregam objetos pontiagudos com eles (às vezes um simples prego para ninguém ver) que só do animal ver, ele se lembra do treinamento traumatizante que recebeu e obedece o seu dono. Muitos elefantes, que hoje estão no ENP e que antes trabalhavam no circo ou nos festivais, são cegos por causa dos flashs das câmeras. E aqueles que são atropelados por carros quando estão nas ruas de Bangkok pedindo dinheiro? Geralmente são os bebês que fazem isso, pois são mais fáceis de controlar. E ainda tem os que caem em bueiros na cidade porque o piso não suporta o peso deles e quebram pernas ou quadril. Outro exemplo: aqui na Tailândia em alguns templos é possível encontrar pássaros engaiolados que, por míseros 100 Bath, você pode libertá-los e isso, em tese, traz sorte pra pessoa que o libertou. Bacana né? Só que não! Esses pássaros são capturados às vezes a mais de mil quilômetros de distância da cidade e eles fazem captura em massa. Ou seja, aquela fêmea, que estava voando e procurando comida pros seus cinco filhotes que ficaram no ninho, foi capturada e não vai mais voltar pra casa com comida. Adeus filhotes.... E tem mais, imagina o transporte sofrido que eles passam. E quando são soltos na cidade, eles não estão em seu habitat natural. Vão morrer atropelado ou virar comida de gato.

Quarto passo: meu pedido – Aqui é a parte complicada porque eu queria pedir muuuuittasss coisas. Mas vamos por partes que é melhor! Quando eu vejo a situação que existe por trás do turismo com animais, sinto coragem para tentar mudar isso, pois tenho a necessidade de viver em união, onde as pessoas entendam que elas são parte de um Todo; que suas ações não são isoladas. Por isso, da próxima vez que forem viajar (ou mesmo turistar na sua própria cidade), escolha com atenção seus passeios. E não se sinta culpado ou envergonhado caso você já tenha andado nas costas de um elefante, ou participado de atividades com animais. Essa não é minha intenção, porque eu mesma já fui duas vezes no Sea World e nadei com golfinhos em outra ocasião. Coisas que não faço mais depois de ter assistido o documentário Blackfish. Outra coisa, se você trabalha com turismo vendendo pacotes, plissssss, não venda esse tipo de passeio. Eu perdi as contas de quantas vezes me ofereceram isso na Índia. Mas nem tudo está perdido! Se seu sonho é andar nas costas de um elefante, ou interagir com animais (que é super bacana), faça pesquisa e visite lugares que de fato se preocupem com a questão animal, que não usam violência na treinamento. Se for à Chiang Mai, passe pelo Elephante Nature Park (eles tem centros em outras cidades também). A questão toda se resume em ter consciência, e coerência, na hora de viajar, de se alimentar, de se vestir e por ai vai.

Desculpa pelo texto gigante, gente! Precisava desabafar! :)

De brinco de flor!!!


Eu e Lek 

Eles são grandes mais são uns amores

Fim de tarde

Bebê curioso se aproximando 

Banho de lama

Sorriam pra foto!!!

Preparando a comida deles

No caminhão indo buscar milho pros elefantes

Trabalho pesado mas divertido


Kabu (minha predileta) e seu mahout 


Hora do banho


Baby and momy

Eu e Kabu

Batendo um papo com Lek e os elefantes

Pequeno Dok Rak com uma semana de vida










terça-feira, 3 de maio de 2016

SAWADEE KHA THAILAND

Sawadee kha é a maneira que os Tailandeses se cumprimentam. Se pronuncia algo parecido com sauadicá (esse último A você prolonga por uns 4, 5, ou melhor, uns 10 segundos! Eles falam muito cantado - tipo os mineiros... rss). Em qualquer lugar ou situação, você sempre vai ser recebido com um Sawadee kha (que vem acompanhado das mãos em prece) e um sorriso. Falando em sorriso, ôh povo sorridente!!!! Às vezes fico sem saber se estão rindo pra mim ou rindo de mim.... Anyway, os tailandeses são super bacanas e divertidos. Simplesmente amei chegar a Bangkok! A cidade é mega high-tech, moderna e, claro, hiper cheia de gente. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas preciso confessar que estava com uma saudade imeeennnnsssaaaa de uma metrópole! De ir no shopping, de comer no Starbucks, de ouvir um som no Hard Rock Café, enfim, coisas que as capitais modernas proporcionam. Mas é claro que tudo isso, vem acompanhado do trânsito surreal (o pior que já vi na vida até hoje). Mas mesmo assim, senti que o trânsito é menos estressante que o de Delhi, por exemplo. Aqui ninguém buzina! Só em caso de emergência; normal como no Brasil. E querendo ou não, os motoristas respeitam o pedestre (não como no Canadá, mas dá pra sentir segurança em atravessar uma avenida). 

Também percebi que aqui a mulherada domina o espaço. Elas trabalham, dirigem, saem na rua com a roupa que querem... enfim, bem diferente da Índia. E por tudo isso, me senti super segura perambulando pelas ruas de Bangkok. Pena que o calor não me deixou usar o Expresso Canelinha, famoso P2, como eu queria. Mas tudo bem, vim na época mais quente do ano e não posso reclamar (Oi? Como não reclamar de 46 graus!?). No fim dos meus nove dias em Bangkok já estava achando a temperatura de 39 graus super fresquinha! 

Em Bangkok fiz um curso de Thai Yoga Massagem. Minha professora é uma brasileira que mora na Tailândia porque ela faz mestrado em Filosofia e Religião. Pense no tanto que eu gostei de passar esse tempo com ela. Não só pela técnica da massagem, que ela me ensinou com muito amor e paciência, mas também por ela ter me apresentado tão bem à cultura tailandesa. Foi puxado, mas eu adorei! Uma das coisas mais preciosas que ela me ensinou foi o Wai Kru. É um ritual tailandês em que as pessoas retribuem respeito, tanto às divindades quanto aos mestres que transmitiram o conhecimento. É usado em todas as áreas de conhecimento na Tailândia, como na dança, na astrologia, nas artes, nas massagens e na luta tailandesa (Muay Thai). Na Thai Yoga Massagem o wai kru é dedicado ao Dr. Shivago Komarapaj que é o mestre que fundou a técnica da massagem tailandesa.

Aqui na Tailândia pude perceber as diferenças nas escolas do budismo. Apesar da Tailândia ser um país budista, é bem diferente dos outros países que andei. Eles seguem o budismo Theravada, onde os monges são mais “fechados” (eles não podem nem esbarrar em mulheres quando andam na rua, ou receber alguma oferenda direto das mãos delas). Eles saem de manhã cedo nas ruas para receber as oferendas da população. Isso eu achei bacana de ver! Eles fazem como Buda fazia, andam nas ruas com seus mantos e tigelas e se alimentam só do que recebem como oferenda. Outra coisa bacana que vi é que as casas, instituições do governo, lojas, praticamente tudo, tem do lado de fora A Casa dos Espíritos. É uma espécie de templo em miniatura colocado no lugar da casa que sacerdote brâmane definir. A finalidade é abrigar os espíritos da casa para que eles tragam proteção. 


De Bangkok fui para Chiang Mai (no norte da Tailândia). Breve estadia lá, mas deu pra sentir que a cidade, apesar de ser a segunda maior da Tailândia, ainda tem cara de cidade do interior. Gostei muito também! A temperatura já estava mais amena (36 graus!!!!) e me animei até a andar de bicicleta na rua (mesmo sem destreza nenhuma pra andar entre os carros). Passei um dia e meio e segui para o Parque dos Elefantes (onde estou agora). Conto mais sobre os elefantes no próximo post.



A Casa dos Espíritos em Bangkok
 
Até o Ronald te cumprimenta com Sawadee Kha

Eu e a Bárbara no último dia do curso

Grand Palace em Bangkok

Buda reclinado em Ayutthaya

Uma das cabeças do Buda cortadas pelo exército birmanês que foi "abraçada" pelas raízes da árvore 

Ayutthaya - primeira capital da Tailândia

Um dos vários canais de Bangkok

Wat Pho em Bangok

Ayutthaya

Ayutthaya

Andando de bike em Chiang Mai

Templo em Chiang Mai

Monges de cera dentro do templo em Chiang Mai

Monges de verdade fora do templo

Templo em Chiang Mai

Templo em Chiang Mai