"Era uma vez um Rei de uma terra distante que
declarou que a felicidade do seus habitantes era mais importante que o
crescimento econômico de seu País. Nesse reino, as pessoas preservam a
natureza, não se importam com bens materiais e cultuam a espiritualidade. E
assim, eles viveram felizes para sempre!” Essa é a história do Butão!
Considerado um dos países mais felizes do mundo, pois seguem a política da Felicidade Interna Bruta - FIB. É uma terra onde a satisfação impera e a tristeza não ganha visto de entrada.
O Butão é um pequeno país nos Himalaias (do tamanho do estado do Rio de Janeiro), situado entre a Índia e o Tibete (se você procurar na internet vai encontrar "entre a Índia e a China", porque é exatamente a parte que os chineses invadiram o Tibete). O nome do país vem de Druk, que na língua local significa Dragão. É um país relativamente novo, já que este optou por manter-se isolado. Só em 1974 é
que ele abriu suas portas para os visitantes. Assim, foram capazes de preservar
valores antigos de sua tradição.
Desde 2008 o país segue o regime de monarquia constitucional (eles têm um parlamento de 25 representantes eleitos pelo povo, com leis constitucionais, mas tudo sob a governança do Rei). A religião oficial é o Budismo Mahayana; eles usam trajes típicos bem bonitos (para as mulheres a Kira, para os homens o Gho); mais de 70% do território butanês é coberto por florestas e 60% está em área de preservação (nem preciso dizer que a paisagem é belíssima, né); a agricultura é a principal atividade; o esporte nacional é o arco e flecha; a comida é maravilhosa (a melhor até agora!); até pouco tempo eles não tinham moeda e faziam escambo; a televisão só chegou em 1999 (e o Rei limita o número de canais por satélite).
Apesar de o país ter sido aberto para o turismo em 1974, este ainda é controlado pelo Rei. A intenção é manter um turismo de qualidade e evitar transtornos causados pelas diferenças culturais. Para entrar lá, você deve primeiro contratar uma
agência de viagens que irá providenciar tudo pra você. Desde hospedagem,
passeios (em carro de luxo com guia que fala um excelente inglês e motorista),
refeições completas e visto de entrada. Tudo isso pela bagatela de US$ 250,00 o
dia!!!! Sem contar a passagem aérea, que também achei bem cara, porque só tem
duas companhias que operam no país. A Buthan Airlines (que é privada) e a do
Rei, a Druk Airlines. As duas são ótimas: atendimento, comida e equipe de
primeira (confesso que gostei mais da companhia do Rei...rsss). A chegada em
Paro (cidade onde fica o aeroporto) é memorável! O avião passa colado nas
montanhas e de repente ele “mergulha” no ar para aterrissar. Dá um friozinho na
barriga!
E porque eles são considerados um dos países mais felizes do mundo? Tenho várias sugestões. Primeiro porque eles são budistas (olha eu puxando sardinha!). O budismo "prega" o desapego, menos desejos, inspira à compaixão e fala de carma. Isso estimula as pessoas a praticarem o bem. Mesmo com a globalização batendo à porta, eles possuem equilíbrio
entre as posses materiais e a espiritualidade. Tudo bem se eles não tiverem o
último lançamento do iPhone; eles têm a vida para contemplar!
Outra sugestão é que eles não se ligam muito em
internet ou televisão. Sem notícias desagradáveis ou avalanches de marketing de
consumismo, as pessoas tendem a serem mais felizes. No entanto, isso está
mudando um pouco, infelizmente. Nosso guia relatou aumento de roubos,
principalmente saques às stupas – onde guardam relíquias de grandes mestres, depois da entrada da TV no país. A
felicidade também pode ser porque a maconha cresce igual mato na rua
(Brincadeirinha... Eles não fumam a erva, só serve para alimentar os animais).
Ou porque existem pênis desenhados por todos os lados (isso mesmo gente, a
palavra é essa mesma, não é culpa do corretor! Rss..), em homenagem ao guru Drukpa Kunley, referenciado pela fertilidade e prosperidade.
Não, agora falando sério! Na minha modesta opinião, o motivo da felicidade desse povo está no seu governante. O atual rei (Jigme Khesar Wangchuck) está no trono desde 2008. Ele é um jovem bonito, casado com uma moça também muito bonita, que acabaram de ter um herdeiro. Ele, assim como a familia real, são amados por todos. E o melhor de tudo é que não existe diferença social
entre a população e o Rei. Facilmente você pode encontrar o Rei pedalando ou
correndo pela cidade, num dia de sol. Fomos visitar o Parlamento e lá perto fica a casa da
família Real. Só deu pra ver o telhado, mas deu pra perceber que é uma casa extremamente
simples e normal. Se o guia não tivesse avisado, teria passado despercebido.
O Rei coloca o bem-estar do seu povo acima de qualquer interesse econômico. O
índice que mais interessa pra ele é o FIB – Felicidade Interna Bruta – dos
habitantes. Esse índice foi criado em 1972 pelo rei do Butão na época (o
pai do Rei atual) e é uma forma de indicar o crescimento do país, sem
considerar apenas o aspecto econômico, mas levando em consideração conceitos
culturais, psicológicos, espirituais e ambientais. O cálculo da “riqueza”
considera nove aspectos como, a conservação do meio ambiente, a qualidade da
vida das pessoas, saúde, educação, cultura, entre outros. Quer saber qual o seu FIB? Teste aqui!
Arquitetura butanesa
Arquitetura butanesa
108 stupas
Detalhes dentro dos templos
Mongezinhos estudando na floresta
Entrada de um dos templos
Decoração do templo (Punaka Dzong)
Butaneses aguardando para entrar no Templo
Punaka Dzong
No Parlamento
Buda de 52 metros de altura
Oficina de pintura
Comidinha delícia
Avião do Rei
Que demais Sister! Eu ia adorar viver sem TV. Estou na luta com o Marcus para tentar cancelar a TV a cabo. Quase convenci ele, ams quando ele foi cancelar, ofereceram um plano de TV por 6 dólares! hahah.
ResponderExcluirKkkk... aí fica dificil mesmo! Bjuss de saudades!
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